segunda-feira, março 03, 2008

Who decides who lives or dies?

Quem somos nós que decidimos sobre vidas? Quem somos nós que ao ver cada doente com necessidade de suporte de vida, nos fazemos continuamente a pergunta: É para investir?

Gostava que a resposta fosse só uma. Sim, investe-se em todos, sem excepção. Mas seria falta de verdade e errado dizê-lo. O estado da arte, a que a medicina chegou, permite virtualmente e manutenção artificial de uma vida por um tempo indeterminado. E com isto seriam maiores as questões éticas, profissionais, pessoais, que as respostas. Para cada doente teria de haver capacidade técnica para o seu suporte, o que seria um esforço humano (porque o económico nunca seria problema, para uma vida) sem precedentes e em última instância estar-se-ia a entrar na prática de distanásia. Até que ponto é correcto prolongar um estado de sofrimento e doença...
Não o digo sem sentir uma enorme angústia por cada um dos doentes em que esta questão se coloca. Tentamos ser um pouco superficiais, abstrairmo-nos da condição humana que somos, para o podermos fazer. No entanto, somos tão ou mais humanos que os restantes, nesta difícil tarefa que é de ajuizar sobre o investimento que se faz na vida.

Choro por cada um que parte.

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