terça-feira, março 11, 2008

Seguir

Foi como se o Mundo tivesse acabado, com todas as asneiras que faço na vida. Mas tudo o que acabou por acontecer foi o desfecho necessário para todos os impossíveis que estaríamos a viver.
E após tanta loucura para a qual te arrastei também, vou seguir, porque tivemos a noção de uma cruel realidade. Seguir em frente, porque te respeito e amo muito e porque mo pediste. Se fosse só por mim deixaria tudo, partiria e iria ter contigo se necessário até ao fim do Mundo, sem interesse pelas condições em que te encontraria. Mas por ti, pela tua felicidade, compreendo tristemente que é melhor assim e deixar seguir também a tua vida, nas certezas que tens...
E se no futuro, no qual não ouso sequer pensar, pudesse por fim reencontrar-te, ficaria eternamente feliz.

Hoje imaginei-me com 60 anos, felizes e amantes como se os anos não tivessem sequer passado, numa intemporalidade do tempo saboroso de partilha de existências, às quais dediquei grande parte dos meus sonhos e pensamentos.
Mas ambos sabemos, que a promessa de um novo reencontro, tardará em vir, e o conforto da memória desvanecer-se-á nos dias que passarão e se tornarão cada vez mais longos, num caminho penoso de esquecimento que a pouco e pouco me tornarei em ti.

E se escrevo hoje, contra aquilo que prometi não mais o fazer no blog, é porque me sinto só, sem ti para falar, para te contar o que ainda e para sempre vou sentir, um verdadeiro amor, sem limites, maior que tudo o que existe em mim. E nunca, nunca me esquecerei de ti e dos momentos em que contigo me partilhei, em ideias, sentimentos... e guardar-te-ei para as alturas em que fecharei os olhos e nas memórias de ti recuperarei forças, para as minhas lutas diárias.
Procurarei ser feliz, não pelo completo que tu me fizeste sentir, mesmo com toda a distância física que nos separou. Mas feliz em pedaços, tentando colmatar com pequenos momentos a tua falta, com a certeza de que te amarei em todas as outras.

E se de alguma coisa me arrependi em tudo o que se não passou, foi de não ter tido a coragem de ter ficado por Lisboa, e mesmo ferido por um amor impossível, não ter continuado na batalha, por ti, por nós.
Vou seguir, mas amar-te para sempre...

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