sábado, março 15, 2008

Às compras

Estes tempos têm sido difíceis para empregar os rendimentos auferidos. Desde que voltei a casa dos pais, em poucas circunstâncias tenho sacado da carteira para pagar qualquer coisa, proibição quase que imposta pelos progenitores que insistem em tratar-me como criança, tentativa frustre de me tornarem novamente dependente deles.
E por isso, em momentos de consumismo desenfreado, que por vezes me surge como contradição ao que é meu hábito, decidi hoje ir às compras.
Uns dois pares de calças, umas camisas, uns boxer shorts, uma casa, um perfume, mercearia própria de um homem em que a barba não pára de crescer, coisas triviais que fazem parte de um dia-a-dia comum de qualquer pessoa... Parecia uma mulher (desculpem-me as senhoras pela analogia hollywoodesca) a quem se deu um cartão de crédito para gastar à discrição!

Ok... casa ainda não comprei. Mas comecei a ver algumas, para ver se invisto em imobiliário, mesmo com a instabilidade financeira nacional e internacional no crédito. Não que precise de uma prementemente, e por isso tenho tido bastante paciência e cautela no investimento a fazer. Mas é mais como símbolo de uma emancipação familiar e autonomia que adquiri ao longo de fastidiosos 8 anos afastado do seio parental e justificação subconsciente para o empenho laboral a que me sujeito semanalmente. E se para se ser feliz só é preciso amor e uma cabana, vou começando por umas das partes e aguardar que a outra um dia destes bata à porta, quem sabe da minha nova habitação!

Um dia destes lá gastarei as poupanças.

Sem comentários: