terça-feira, março 11, 2008

A Infanta

Em 1997, para celebrar o nascimento da Dona Maria Francisca, escrevi um soneto, a que chamei "A Infanta", em jeito desses camonianos, como não voltei a repetir, uma vez que respeita todas as regras métricas que um soneto deve ter... Como sabeis, duas quadras e dois tercetos, com dez sílabas métricas por cada verso.
A pequena nasceu a 3 de Março de 1997 e no dia 11 deste mesmo mês e ano, escrevi este soneto, que de floreado tem bastante, mas foi a única maneira que consegui para ajustar a tanta regra.
Já sei porque Camões perdeu um olho e porque Florbela Espanca se matou... É que isto é difícil!

Infanta com grande alma portuguesa,
Liberta a cantiga presa no olhar,
Construindo com tamanha grandeza,
Um real Portugal de impressionar.

Sois a donzela, sois uma criança,
Que qualquer homem consegue cativar
Bastando simplesmente assim desejar,
Nos corações humanos esperança.

Irradiais do gesto graça tanta,
Que graça dais ao pobre desgraçado
Dando-lhe vida que o Mundo espanta.

E se fora do seu real agrado
Filha ilustre da Rainha Santa,
Por si ficaria aprisionado.

Sebastião da Graça
“A Infanta”, 11 de Março de 1997

1 comentário:

Unknown disse...

Já me tinha esquecido deste soneto.
Muito fixe manito!

Um grande abraço de quem te quer muito.

Z