sábado, agosto 11, 2007

Semelhantes

Tanto conflito. Tantas vezes crítico. Tanta negação. E afinal nas pequenas coisas, reparo que sou igual ao meu pai. Mesmo temperamento, mesma forma de pensar.
Toda a vida cresci, na sombra de parecenças físicas com o meu avô materno. Ainda hoje, anos após a sua partida, as pessoas invocam na minha forma de ser, no meu aspecto, o meu avô. Mas reparei, que sou espiritualmente igual ao meu pai. E não se trata em exclusivo, daqueles traços comuns a todos os homens, em que seria tão fácil dizer que somos todos iguais, mas naquilo que nos distingue uns dos outros.
E o que me deixa confuso é que apesar da percepção desta realidade, continuo a batalhar-me contra atitudes do meu pai, como se estivesse agora a lutar contra a minha própria personalidade, contra eu próprio.

Afinal, semelhantes.

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