domingo, julho 02, 2006

Chico

Chico era um rapaz, como os demais. Nascido no seio de uma família abastada, levava uma vida de noitadas, de vida boémia, de lutas, de mulheres, tudo o que dá prazer ao corpo. Enfim, vivia unicamente pra si.
No entanto, um dia, o chico teve uma visão, após a queda de um cavalo. Sentiu-se um grande vazio de prazer na alma. Pressentiu que tinha necessidade de mudar a sua vida, de lhe dar outro rumo, outro sentido. Começou a dedicar a sua vida inteiramente aos outros. Mas não se pense que foi só com palavras vãs, que o fez, mas sim com acções concretas, audazes e singulares, que viriam a marcar o mundo no seu tempo e para lá dele, abdicando completamente da sua rica vida, e começando a viver como e entre os pobres, e dos que mais careciam de cuidados, em perfeita comunhão com a natureza. Apelidaram-no de muitas vezes de louco, doente, corajoso, mas todos sem excepção, viam nele a honestidade e pureza dos seus actos.

É por isto, que o chico é o meu herói, um exemplo que tento todos os dias seguir, apesar de não o conseguir na sua plenitude. Mas pelo menos, tento orientar-me pelos seus princípios gerais, ostentando o tau como símbolo do meu compromisso.

"... que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar do que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado..."

S. Francisco de Assis

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