Mas nunca me senti tão inseguro na minha vida. As pessoas que mais de perto convivem com a "imagem de mim", depositam grandes esperanças, votos, incentivos naquilo que anseiam que me venha a tornar. E o que eu consigo sentir é medo, de falhar, de desapontar, de "matar", de não conseguir estar à altura das expectativas, o que me tem trazido grande angústia, porque sinto a enorme responsabilidade sobre mim.
Mas, quem sou eu?
Quando tento ver para lá do olhar de uma pessoa, estou a tentar vislumbrar uma centelha, um brilhar, um vazio, algo que me diga mais sobre essa pessoa, sobre a sua alma. Mas quando me olho ao espelho, não consigo ver nada... Não sei dizer se sou boa ou má pessoa, se sou digno da confiança que é necessária para que alguém em sofrimento se entregue sem reservas nos meus braços para receber tratamento, conforto e em última instância o silêncio da audição.
A insegurança, a dúvida (em doses saudáveis) só nos faz crescer interiormente, ajuda ao auto-conhecimento, à auto-crítica, estabelecendo um limite à nossa ambição desmesurada e orgulho impedindo a "perpetuação do erro". E quando se falha, há a necessidade de rever passo a passo onde se falhou, para continuar a aprender e a crescer. E talvez, no último suspiro consiga dizer que estou completo, já não tenho medo de nada.
Se não te conheceres não saberás qual o teu limite
1 comentário:
Como eu te entendo...
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