Mas é fácil andar deprimido... Apercebemo-nos que numa sociedade "ocidentalizada", em que supostamente o bem estar próprio implicava o bem estar do outro, as pessoas viram as costas, olham para o seu umbigo e actuam como se não houvesse mais ninguém. Deixa-se de partilhar, de pensar no outro, tornamo-nos egoístas. Gostamos de nos enganar a nós próprios, de acreditar que podemos mudar, sublimando o nosso desejo de concretização pessoal, em detrimento do bem público ou do outro, mas o que é verdade é que mesmo os que tentaram com ideias tão radicais como as de Hengel e Marx, também esses falharam na enorme utopia do "partilhado", que no seu laicismo englobaram a base da filosofia judaico-cristã. Somos a velha cigarra que nunca mais aprende com a sensata formiga.
Por isso acredito nos actos, no que foi feito e no que se faz, e não na arrogância e sarcasmo do engano, da mentira e das palavras ocas, com que se "dá com uma mão e se retira imediatamente com a outra".
E se pensares que insisto vezes sem conta na mesma ideia, é porque ela constitui o pilar da minha vida, da minha internalização simbólica de valores, na qual concebo o mundo, talvez muito distante da realidade como uma psicose intrínseca muito própria e muito minha, em que acredito que é dando que se recebe. Se não atingirmos este objectivo sentimo-nos vazios, deprimidos, inúteis, cadáveres adiados, pois só faz sentido ter se puder ser partilhado. Sem não tentares e não acreditares que consegues mudar, nunca virás a saber se é possível.
"A única revolução possível é dentro de nós."
Mahatma Gandhi
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