terça-feira, dezembro 18, 2007

Porque fiquei

Já nem me canso de ouvir sempre a mesma questão, do interrogatório habitual de quem tem dificuldade em compreender porque um jovem de Viseu optou por permanecer mais um ano em Lisboa, conhecendo a sua imensa vontade de regresso. Se no início não teria dificuldades em conhecer as razões da complicada opção, ao longo deste ano acabei por esquecer lentamente a verdadeira motivação. Talvez os amores ou desamores, a esperança de ver o meu irmão regressar, a oportunidade de trabalhar num grande centro clínico, ou talvez só por destino, tudo se transformou em meras desculpas para a confusão real que imperava nos meus pensamentos.
Mas no dia de hoje, se me perguntassem porque tinha ficado, responderia sem hesitação que a grande razão foi a pequena Leonor, que ao cair nos meus braços viu pela primeira vez a sua mãe, o mundo e despertou para a vida com uma enorme energia.
E se já tentei disfarçar a minha permanência a prazo com parvoíces, este guardarei para sempre como um dos maiores acontecimentos da minha vida!

Fiquei pela Leonor.

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