terça-feira, outubro 10, 2006

Vida Comum

Durante muito tempo vivi fascinado com a ideia Greco-latina e Renascentista do "mente sã em corpo são".
Tentei por várias vezes, em determinadas fases da minha vida, ter uma capacidade especial que me diferenciasse dos restantes, mas nunca fui além de vãs tentativas.

Tentei ser um bom músico, entrei para uma escola de música, para aprender guitarra clássica, mas, mais não consegui do que dar um desgosto à minha mãe por não ser um bom músico. Tentei ser um óptimo desportista, atletismo, basketball, ..., consegui mesmo chegar perto dos melhores, mas ficava sempre aquém dos limites mínimos para alcançar a vitória. Tentei um sem número de outras coisas tão variadas, sem nunca conseguir uma em que fosse excepcionalmente bom. Mesmo o título deste post, foi inspirado no título daquele que viria a ser o meu primeiro livro, mas até neste, eu senti que a qualidade estava muito abaixo do que eu consideraria razoável para um escritor.
Sempre pensei que pelo menos seria o melhor dos últimos...
Mas até neste aspecto, sempre fui uma pessoa comum, sem emoção na vida, sem acção, nada que valesse ser contado, imortalizado. Sou como tantos outros que na vida procuram o seu destino e talvez não se apercebam que este possa ser mais simples, do que ser um herói ou um campeão, ou que simplesmente permaneçam na obscuridade da mediatização dos seus feitos.
Não desisto é de perseguir algo em que venha a ser útil, bom naquilo que faça, sem nunca descurar o prazer que isso me possa dar.
Alturas há, em que sinto, que por fracções de segundos perdi o momento.

1 comentário:

disse...

Uma vez ouvi:"Não procureis nas vossas vidas coisas fantásticas, grandes feitos imortais.... buscai viver a vida com simplicidade e mais facilmente encontrareis a felicidade."
E achei lindo...
O importante é fazermos bem aquilo de que gostamos.E bem não significa excepcionalmente bem, mas se assim fôr, melhor!