sexta-feira, outubro 13, 2006

Nobel da Paz

O prémio Nobel da Paz é mais um de muitos paradoxos que existem no pequeno mundo azul.
É histórico que Alfred Nobel ficou rico e famoso por desenvolver um explosivo, a Dinamite, facto que por si só, vai contra uma vivência pacífica. Paradoxalmente, o mesmo Alfie, que criou uma arma tão destrutiva decidiu nos anos finais da sua vida entregar a sua fortuna para distinguir as pessoas que no mundo promovessem o desenvolvimento da humanidade, nomeadamente na sua dimensão pacífica.

Ao longo da nossa história global, tanto antes, como sobretudo após Nobel, vários indivíduos, como nações alegaram, que com o desenvolvimento de armas cada vez mais potentes e destrutivas, que virtualmente transformariam o mundo azul em cinzento, estavam a promover a paz. O que estas pessoas sempre negligenciaram é que nunca na história mundial se conseguiu estabilidade e crescimento através de políticas do terror, de ameaça bélica.

Mas nos dias de hoje, o que realça da iniciativa de Nobel, não foi o seu génio empreendedor e de desenvolvimento técnico-científico, mas a sua coragem no incentivo a movimentos e filosofias de Paz e desenvolvimento sustentável, que procurassem dar às nações, um futuro estável de harmonia entre povos, pondo de parte guerras e o recurso a armas em detrimento do recurso a diálogo e consensos. É na perseguição de este objectivo, que cada ano é galardoado com o prémio Nobel da Paz, um indivíduo ou instituição que pela sua presença, acção ou intervenção, oferece um sonho a gerações futuras, para que se possa um dia, em cada lugar e em cada segundo, viver harmoniosamente. Nem que para tal se entre em mais alguns paradoxos...

"A pena é mais forte que a espada."

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