quinta-feira, janeiro 24, 2008

Internista de serviço

Olha a sorte... Tenho muito orgulho no que me quero tornar! E este foi mais um desses momentos.
Metido por obrigação a fazer tempo dito de espera, para iniciar funções como aprendiz de Internista num outro hospital, vi-me confrontado com a necessidade de ser mais que "obstetra" numa enfermaria de puérperas, a pedido do Sr Director.
Um dos maiores e mais bonitos desafios da Medicina Interna, que cria séries de televisão e tudo, é a síndrome febril indeterminado. E sem pudores de falsas modéstias ou equivalentes de personalidade, foi com alegria que me vi com todo o espírito que deve dominar um internista e fazer uma investigação à cabeceira da doente e observá-la como o todo que é.
Qual febre escaro-nodular, qual leptospirose... Pensa assim quem não está já há longos anos dentro do que é frequente, ou possa ser orientado por uma história clínica bem dirigida. Sim porque para a Medicina Interna, a verdadeira, e não a de televisão ou de alta tecnologia, é na anamnese e exame objectivo que se encontram as respostas para um enigma que inicialmente possa ser desafiante. E no final de contas era uma simples e inócua faringite!

O todo é muito mais que a soma das suas partes.

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