sexta-feira, setembro 14, 2007

Cirurgia

A acabar aquele que poderá muito bem ser o último contacto enquanto cirurgião, levo um misto de sentimentos comigo. Conheci certamente óptimas pessoas, excelentes colegas, brilhantes cirurgiões, mas com algumas falhas enquanto médicos... É isto que percebi da cirurgia. Muitos dos colegas são excelentes no domínio da técnica cirúrgica, no manuseamento da peça e da abordagem intra-operatória. Mas possuem as suas falhas enquanto médicos, sobretudo na lide da terapêutica e não poucas vezes, na sua relação com o doente, que deve ser visto sempre como um ser humano individual e não uma "peça cirúrgica andante".
Mas nem tudo é mau. Conheci um excelente chefe de serviço, que me fez passar de uma postura de "não tenho grandes ambições de carreira", para uma outra completa distinta e mesmo oposta de "gostava de vir a ser um chefe de serviço assim". Por ser diferente dos outros, mais humano, mais médico e ainda assim grande cirurgião, pelo que me fez ver numa cirurgia que não é desligada da Medicina, que em muito invejava, mas sim uma sua irmã, que a completa, que se articula com esta para oferecer ao doente a melhor qualidade de vida. E vida, lições de vida, foi o que muitas vezes tirei das nossas conversas no cumprimento obrigatório de horário a que diariamente me sujeitavam!
Por tudo isto,

Muito Obrigado Dr Nogueira!

1 comentário:

Anónimo disse...

A NÃO SER QUE UMA CUNHA TIPICAMENTE PORTUGUESA OU UM EVENTUAL PROCESSO DE ASSÉDIO TE TROQUEM AS VOLTAS E COMPLIQUEM AS COISAS, TENHO A CERTEZA QUE VAIS SER "UM CHEFE DE SERVIÇO ASSIM"; NÃO DE CIRURGIA, MAS SIM DE MEDICINA. SIM, PORQUE NÓS SOMOS E SEREMOS, ACIMA DE TUDO, MÉDICOS! :)