domingo, junho 25, 2006

Provavelmente

Os que me conhecem, não pelo meu pseudónimo Sebastião da Graça, mas pela graça que me foi dada por nascença, devem-se estar a interrogar, após os últimos posts colocados, que provavelmente não me conhecem completamente. Podem, igualmente colocar a hipótese que provavelmente esteja a desenvolver uma psicose, dado o meu discurso confuso, incoerente, mesmo com ideias bizarras ou, provavelmente, uma dupla personalidade.
Mas em verdade vos digo. Apesar de já por muitas vezes me apelidaram de "certinho", alguém cumpridor das regras e dentro dos parâmetros sociais aceitáveis, sinto-me, debaixo de uma carcaça de aparência, um autêntico "hippie". Alguém que gostaria de se libertar dos groupies padronizados e de preconceitos sociais estabelecidos, incapaz de conceptualizar uma política esquerda/direita, capitalismo/socialismo, o socialmente correcto/incorrecto, onde no fundo, o que interessa realmente seja a pessoa na sua individualidade e na sua relação com o próximo, o "make love, not war".

Mas tentando interpretar o que dizia uma colega e amiga minha, num dos seus posts, infelizmente estamos presos a esta "dependência" de aparências exteriores e nem sempre valorizamos da melhor maneira, a verdadeira pessoa que há em cada um de nós. Escondemos a nossa "true color" atrás de uma inércia de mudança.

Obrigado Shara por dares o mote!

Provavelmente agora me conheçam melhor

1 comentário:

Shara disse...

Quando te chamei de "certinho" foi no bom sentido, entenda-se. Não de uma forma dissimulada, não tipo "santo de pau oco"... Certinho. Talvez de uma forma imposta pelas circunstancias da vida. Afinal de contas ambos sabemos que há coisas que simplesmente não devemos fazer, pelo menos em publico e muito menos quando pomos em risco toda a identidade de uma classe. E não tou a falar de elitismo da classe médica (conheces-me suficientemente bem para saber que isso me passa bem ao lado LoL), apenas de salvaguardar algum do pouco respeito que, enquanto médicos, nos resta. Receio que estejamos a entrar na "máquina", mas é bom ver que temos consciencia e que ainda que iguais, somos um cadidinho irreverentes. P.S.: Ontem perderam uma noite daquelas na "discoteca étnica"!