terça-feira, junho 27, 2006

Não sei perder-te

Porque estás ainda na minha mente, no meu coração, na minha vida? Porque é que todos os dias me fazes recordar de ti, com as tuas chamadas, com as tuas mensagens, com as tuas visitas, apesar de já ter pedido que me deixes perder-te? Sabes que não consigo dizer, nunca, não, apesar das eternas contendas entre a razão e o coração que me atormentam. Também é difícil para mim, todos os dias tentar esquecer-te, deixar-te partir para sempre. Com as tentativas, não mais consigo do que me recordar mais e mais de ti. Recordo-te em toda a tua plenitude, em toda a tua beleza. Invoco momentos não vividos, de amor, de paixão, de vida. Mas que vida! Que vida é esta em que já me entreguei completamente a ti, e nada mais tenho que seja meu. E por isso sofri, chorei, gritei e só me resta, agora, o mundo para te oferecer. Mas que é o mundo para alguém que não lhe pertence, que lhe é superior? E por isso nunca te consegui tocar, nunca te alcancei e ao teu coração. A minha vida esgotou-se, mas o meu amor continua, sempre, a crescer.
Nunca te irei compreender minha Afrodite, minha "mísera e mesquinha que depois de ser morta foste rainha" do meu mundo. Lamento, mas não sei perder-te...

"Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente."
William Shakespeare

1 comentário:

Anónimo disse...

Nao sei que diga mais!!!
Acho que está na hora de seguires.

Uma vez alguém me disse "que se perde o comboio por 2s como por 2m" e aqui o comboio já vai muito longe.

Um abraco, JB.