quarta-feira, janeiro 24, 2007

Under Pressure

Agora que acabei uma longa caminhada, para iniciar uma outra, vejo, surpreendentemente os meus pais a quererem "aviar-me". Não o fazem por mal, mas por uma cultura em que cresceram, em que acabar a escolaridade significava o ter necessário de se assumir um compromisso.
E ainda hoje se verifica esta "tradição", em especial em meios pequenos rurais, em que sobretudo as mulheres com ânsia de assumir novos papéis sociais, como o de mãe, esposa, levam a casamentos relâmpago, ocasionalmente com o primeiro homem que estiver por perto... Depois vêm os divórcios. Mas eu recuso-me a alinhar neste tipo de romantismo "flash".
Os meus pais a querer sempre debater o mesmo tema. Então a C é tão boa moça, gosta tanto de ti, então o que há entre ti a I, estás sempre com ela... E acabam sempre por me impor alguma culpa, dizendo que sou frio ou pouco apaixonado. E é para evitar discussões sem fundamento, que não adianto muito mais e digo-lhes "pacientemente para terem paciência", para não dizer que, gostar de alguém por amizade, não implica imediatamente maior compromisso. Falta por vezes aquilo a que muitos chamam a Química! Uma espécie de "amigos, amigos, amor à parte". E por não falar muito com eles sobre este aspecto da minha vida, é que desconhecem que sou uma pessoa muito apaixonada e que me custa ultrapassar velhos amores, que me marcam para sempre, como feridas nunca saradas, mas que um dia ultrapassarei, e lhes darei a eles e sobretudo a mim uma grande felicidade. Mas não para agora!

Onde andas alma gémea?

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