terça-feira, setembro 19, 2006

Outros tempos

Há cerca de 7 anos iniciava o meu percurso ensino superior. Tudo era quase perfeito. Estava na cidade onde sempre me imaginei a estudar, no tempo que considerava certo para iniciar esta caminhada. No entanto havia um senão, um dos grandes... Não estava no curso pretendido. O que veio a acontecer no ano seguinte, mas então numa cidade que não era a "pretendida".
Mas como foi bom esse primeiro ano de transição, em que ganhei autonomia, as experiências de vida que acumulei e sobretudo pelos momentos especiais que Coimbra proporciona. Com o tempo, apercebi-me que Coimbra é uma cidade a cair de velha, podre, com muitos estereótipos sociais enraizados, mas que sabe ter os seus pequenos momentos de unicidade, sobretudo quando o espiritual ultrapassa grandemente o aspecto físico, como o caso das serenatas académicas e a vivência estudantil, que quando em excesso se torna excessiva, passando a redundância.
E foi com a maior das naturalidades que no ano a seguir, após uma notícia "bombástica", soube que tinha entrado no curso que queria, só que em Lisboa, e acabei por aceitar o destino, com algum alívio, devo dizer. E ao longo do tempo, compreendi em diversas ocasiões o porquê de Lisboa...

Mas após 7 anos, compreendo, o drama de se seguir um caminho diferente, e de não se conseguir atingir um objectivo de vida, e de ter de se viver com ele, e alguns casos para toda a vida, como um manto sombrio que se abate sobre nós e nos persegue.
A maior lição que se tira da vida, é a vida em si.

1 comentário:

disse...

"A maior lição que se tira da vida é vida em si." - SO TRUE!!!

Ir estudar para aqui ou aculá, não é a mesma coisa, virares agora à esquerda ou mais à frente à direita também pode fazer toda a diferença para o futuro da tua vida. Mas considero que não devemos viver com a preocupação de atribuir um sentido aos caminhos que se nos atravessam, mas antes aos passos com que os percorremos.

:)