segunda-feira, maio 02, 2022

Rodrigo Pais nasceu

 Sebastião da Graça morreu. Longa vida a Sebastião da Graça.

14 nos passaram. Tinha morrido o romântico incurável, o homem que fazia das palavras os seus actos idílicos de amor. Mas nasceu e tornou-se um homem, o romântico prático. Aquele que deixou de imaginar como seria amar de forma perfeita e pratica diariamente o amor nas suas imperfeições.

A vida mostrou-me muito nestes últimos 14 anos. Redefini prioridades várias e várias vezes. Ultrapassei momentos de solidão desnecessária, só porque, por vezes, sentia a necessidade de me sentir novamente miserável. Como se o Sebastião quisesse voltar para me atormentar. Mas resisti.

Resisti a tudo isso, com a ajuda do ser mais maravilhoso que Deus me podia ter colocado na minha vida. Senti por vários momentos que não era digno. Mas a dignidade foi-me sendo revelada diariamente por ti. Acreditaste sempre em mim. Na bondade que vias dentro de mim. No amor por ti, que achava insuficiente e que sentia que tinha que fazer cada vez mais, para que a paixão nas esmorecesse.

E contigo, 14 anos depois nasceu o Rodrigo Pais. O tonto que fizeste homem, pai, companheiro, amante, irmão.

Um louco realista. Desses que se esqueceram do sofrimento do amor, da vontade contranatura de rejeitar os sentimentos para na miséria da vida viver sem amor. Um louco capaz de ver a verdade no teu olhar, a paixão nos teus lábios, a sedução que existe em ti. Amo-te naquilo que és, que sempre foste e que com a força do universo, voltaste a recuperar essa felicidade virginal, de criança inocente que sente sem maldade ou inveja o amor puro e verdadeiro.

Contigo, nasceu o Rodrigo Pais!


Nasci de ti, pelo teu amor

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