sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Vanitas vanitatum et omnia vanita

Que aspecto estranho têm as pessoas que trabalham no hospital de Viseu. Andam como se não houvesse pedras na calçada, de nariz bem levantado, sem receio de tropeçar em algo maior que a sua miserável existência.
Não gostei da primeira impressão, e espero que seja isso mesmo, uma primeira impressão, excepções a uma qualquer regra de humildade e realismo de não se ser maior que qualquer outra pessoa, não se ser maior que os doentes que vemos diariamente, que o padeiro que todos os dias lhes faz o pão ou o agricultor que o faz crescer.
Somos todos fundamentais e importantes, e de nada serve andar-se todo emproado, de rabo a abanar, só porque se trabalha num local onde pessoas procuram com angústia ajuda de pessoas como elas e não de semi-Deuses que desejavam ainda assim ter domínio sobre essas almas.

Fiquei triste ao não me rever numa abordagem assim, à profissão, à vida.

Tudo é vaidade.

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