segunda-feira, julho 09, 2007

O que escrevo

O que escrevo não tem qualidade nenhuma. Serve para distrair, para lutar contra demónios interiores que me fazem por vezes querer expulsá-los.
Podia fazer do meu blog, um daqueles diários de bordo que contam em pormenor o dia-a-dia, mas seria tão enfadonho e repetitivo que eu próprio evitaria visitar-me. Podia inclusive, lembrar casos particulares da minha profissão, mas seria difícil falar tantas vezes do confronto com a morte, com o medo, enfim, a batalha permanente contra a indiferença, o esquecimento.
Por isso escrevo sobre banalidades, uma espécie de literatura cor-de-rosa, tal livro de Margarida Rebelo Pinto, sem profundidade, mas que entretém ocasionalmente. E assim, passam-se dias, quase meses sem "postar" nada de jeito, até que ocasionalmente, em acto de pura loucura, inicio períodos de uma quase escrita automática, em que escrevo sobre qualquer coisa que me passe pela minha tão vazia cabeça e que por tão confusa ser, precisa da sua digna correcção em momentos de maior serenidade. É nessas alturas que publico um sem número de posts. São as minhas...

Memórias inconsequentes.

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