quinta-feira, abril 19, 2007

Curta Glória

Fui ver um jogo do Sporting. Não sou dos adeptos mais fervorosos, se bem que não nego ficar chateado quando o meu clube falha em determinados momentos. Sou sportinguista desde que me lembro, e os primeiros tempos, 18 anos, em que as vitórias eram poucas, ajudaram a moldar um pouco a minha personalidade na esperança e na paciência, pois sabia que um ano inevitavelmente, o valor clubístico, o carisma, o espírito de ser sportinguista viria a revelar-se e seríamos mais uma vez campeões, e desta vez poder presenciar uma vitória. Foram os anos em que mais vivi e senti o futebol, cheguei mesmo a chorar com as derrotas e a rejubilar com as vitórias. E tudo isso passou, pelo menos amainou com um campeonato. Ou então amadureci, a um ponto de ver que o futebol, só traz curtos momentos de glória a quem assiste, e depressa passam, enquanto enriquece os protagonistas que quase sem excepção jogam sem alma.

Mas mesmo assim, vivendo num antagonismo inexplicável, não consigo deixar de vibrar com uma vitória, e de vez em quando abrir os cordões à bolsa e encher os bolsos rotos dos clubes de futebol e dos estádios estupidamente gigantes, para assistir a esses picos de serotonina que se transformam em momentos de curta glória.

E no final, o melhor foram as cheerleaders!

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