quarta-feira, junho 28, 2006

Em código

Acabei de criar um código secreto. Apesar de ser um tanto rudimentar, parece ser uma forma "segura" de mandar algumas mensagens! É uma brincadeira minha... Só posso dizer que tem uma dupla incriptação.
No entanto em jeito de desafio, dá-se um prémio a quem decifrar esta pequena mensagem. Talvez consultas grátis vitalícias!

"Somos a grafia e o medo do passado, adeijo de esse banco calado."
Tem solução, não são só palavras soltas...

terça-feira, junho 27, 2006

Não sei perder-te

Porque estás ainda na minha mente, no meu coração, na minha vida? Porque é que todos os dias me fazes recordar de ti, com as tuas chamadas, com as tuas mensagens, com as tuas visitas, apesar de já ter pedido que me deixes perder-te? Sabes que não consigo dizer, nunca, não, apesar das eternas contendas entre a razão e o coração que me atormentam. Também é difícil para mim, todos os dias tentar esquecer-te, deixar-te partir para sempre. Com as tentativas, não mais consigo do que me recordar mais e mais de ti. Recordo-te em toda a tua plenitude, em toda a tua beleza. Invoco momentos não vividos, de amor, de paixão, de vida. Mas que vida! Que vida é esta em que já me entreguei completamente a ti, e nada mais tenho que seja meu. E por isso sofri, chorei, gritei e só me resta, agora, o mundo para te oferecer. Mas que é o mundo para alguém que não lhe pertence, que lhe é superior? E por isso nunca te consegui tocar, nunca te alcancei e ao teu coração. A minha vida esgotou-se, mas o meu amor continua, sempre, a crescer.
Nunca te irei compreender minha Afrodite, minha "mísera e mesquinha que depois de ser morta foste rainha" do meu mundo. Lamento, mas não sei perder-te...

"Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente."
William Shakespeare

segunda-feira, junho 26, 2006

Presença ausente

Ouço a tua voz, vejo as tuas palavras, mas não te consigo abraçar. Sinto falta de ti, meu amigo, meu confidente, meu irmão. Quis a vida, que um obstáculo espacial se interpusesse entre nós, mas guardo no meu coração as recordações de ti, as tuas feições, as tuas emoções. Hoje é a saudade que fala por mim, que me dá conforto, e com quem eu partilho o meu dia. Se ao menos conseguisse abraçar o mundo, talvez então, te alcançasse JB.

Bald zurückgekommen. Ich bin mit Hauptkrankheit.

Nação Lorosae

Alguns apelidaram-na de a mais jovem nação do novo milénio. É a terra do Lorosae (Sol nascente). Em Maio de 2002 materializaram, finalmente, o que nunca chegaram a perder, o seu espírito enquanto nação livre. A partir deste momento, tiveram a oportunidade de escrevendo a sua própria história, criar um país único no Mundo, verdadeiramente justo, fraterno, igualitário, mesmo tendo por base o pior dos exemplos, o português. Isto porque, oficialmente, Timor-Leste foi uma das colónias portuguesas até 1999, e ficaram os laços que nos uniram para sempre...
Em tempos, houve quem dissesse que a nossa Constituição sempre foi um dos exemplos quase perfeitos de lei alguma vez criada entre as nações, e por isso serviu de base para a criação de uma Constituição na República Democrática de Timor-Leste. Mas será que a respeitamos diariamente, com os constantes atentados à lei fundamental? Enfim, isso é outro assunto.

Os recentes conflitos do seio desta jovem nação, não são mais do que o estabelecer de uma verdadeira democracia, pois da vontade e organização de, praticamente, um partido único, a FRETILIN, está agora a surgir a mudança, para multiplicidade, para a discussão de ideias.
Mas como "é o povo quem mais ordena" e com a vontade de mudança que se sente, acredito veemente, que conseguirão ultrapassar as dificuldades iniciais e tornar-se num país exemplo no mundo, aprendendo com os erros dos outros e melhorando-os, aprendendo com as dificuldades dos outros e ultrapassando-as.
Coragem Timorenses!

"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce."
Fernando Pessoa - o Infante

domingo, junho 25, 2006

Palavras nunca ditas

Há sentimentos pensados, nunca ditos, ditos, mas nunca escritos, mas há momentos em que olhamos para o passado e temos a nítida sensação de que por várias vezes ficaram palavras por dizer, acções por fazer… Acima de tudo ficou um sentimento de que determinada situação e até mesmo a nossa própria vida podia ser diferente se não tivéssemos tido alguns momentos de fraqueza e demonstrado os nossos afectos mais sentidos.
É difícil trilhar o caminho tortuoso e sinuoso da vida, no frágil equilíbrio entre o medo de rejeição e da própria aceitação.
"Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se."
Provérbio Persa

Provavelmente

Os que me conhecem, não pelo meu pseudónimo Sebastião da Graça, mas pela graça que me foi dada por nascença, devem-se estar a interrogar, após os últimos posts colocados, que provavelmente não me conhecem completamente. Podem, igualmente colocar a hipótese que provavelmente esteja a desenvolver uma psicose, dado o meu discurso confuso, incoerente, mesmo com ideias bizarras ou, provavelmente, uma dupla personalidade.
Mas em verdade vos digo. Apesar de já por muitas vezes me apelidaram de "certinho", alguém cumpridor das regras e dentro dos parâmetros sociais aceitáveis, sinto-me, debaixo de uma carcaça de aparência, um autêntico "hippie". Alguém que gostaria de se libertar dos groupies padronizados e de preconceitos sociais estabelecidos, incapaz de conceptualizar uma política esquerda/direita, capitalismo/socialismo, o socialmente correcto/incorrecto, onde no fundo, o que interessa realmente seja a pessoa na sua individualidade e na sua relação com o próximo, o "make love, not war".

Mas tentando interpretar o que dizia uma colega e amiga minha, num dos seus posts, infelizmente estamos presos a esta "dependência" de aparências exteriores e nem sempre valorizamos da melhor maneira, a verdadeira pessoa que há em cada um de nós. Escondemos a nossa "true color" atrás de uma inércia de mudança.

Obrigado Shara por dares o mote!

Provavelmente agora me conheçam melhor

sábado, junho 24, 2006

Mãos de ver

Os últimos três anos da minha vida, trouxeram-me uma confirmação, daquilo que vinha a sentir desde o primeiro momento em que comecei a adquirir consciência de mim. Desde muito novo comecei a sentir a presença de alguém. Não, me refiro só a uma presença física, que todos nós sentimos por inerência às nossas capacidades sensoriais, mas também sentia a sua presença de espírito. Alguns de vós devem estar a dizer: "Lá vem aquele com as tretas espirituais...", mas deixem-me contar um episódio da minha vida.
Numa determinada altura da minha vida, era eu ainda um rapazinho, ao cumprimentar uma pessoa que conhecia, reparei na sua presença ausente, num vazio que a acompanhava. Mas o espanto assombrou-me por completo, no momento, em que no dia a seguir soube que essa pessoa tinha tido um acidente de automóvel e que tinha falecido. Na altura não associei nenhum dos sentimentos que tivera anteriormente ao sucedido, mas quando comecei a contactar diariamente com pessoas moribundas, muitas delas na fase final da sua vida, então percebi, que antes de um último suspiro de vida, estas tinham anteriormente perdido a sua presença espiritual (alma), como se esta antecipasse o que fora suceder.

Já na antiguidade, esta era uma capacidade de muitos dos médicos afirmavam ter, através da imposição das mãos no doente, sendo que os casos mais célebres, do próprio Hipócrates, na Grécia e de Avicena, na Pérsia.
No fundo, este "fenómeno" pode tratar-se de uma experiência que muitos dos profissionais de saúde vivenciam, talvez como um mecanismo de defesa, deixando de sentir as pessoas como tal e simplesmente como "cadáveres adiados que deambulam", para que no momento do adeus final não se sinta a perda, de alguém que se acompanhou, muitas das vezes, como um verdadeiro amigo.
Ou talvez seja só um traço meu, psicótico, em julgar ter poderes sobrenaturais!
De qualquer das formas, uma morte é sempre sentida por cada um de nós, como uma oportunidade de olhar de forma confiante para a vida na sua multiplicidade única, e encararmos cada dia como se fosse o último. E no final termos o orgulho de dizer: "Estou em paz comigo, porque sempre me entreguei completamente para ajudar os outros!"

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

Obstinação

Esta palavra pode ter um de dois significados. Por um lado pode ser empregue, num sentido mais positivo, para descrever uma qualidade de alguém perseverante na busca de um objectivo, ou por outro lado, no seu sentido mais negativo, pode representar uma tentativa incessante de obter algo não alcançável, e que se aplicado ao acto médico, denomina-se de distanásia.

Na minha ainda breve passagem pelo ambiente hospitalar, tenho encontrado diferentes formas de encarar os últimos dias de um doente. Mas, em nenhum outro lugar encontrei uma vontade tão expressa em prolongar a vida de uma pessoa, como no hospital em que actualmente me encontro e com um doente que lá está internado. Doentes em que o prognóstico não vai além de poucas semanas, há neste hospital, um investimento enorme de recursos, de várias ordens, para recuperar o pouco que resta, prolongando, nem sempre da melhor maneira, a última centelha de uma vida. E, no final, resta o sentimento de que tudo o que era possível fazer, foi feito, mas sempre com a interrogação de "porquê?".
Talvez porque nos recusamos a desistir, a abandonar o doente, porque acreditamos que é possível sempre dar a volta a qualquer situação e porque no fundo acreditamos que é possível vencer a morte.
Mas qual o limite? E cabe a cada um de nós impor um limite?
A minha opinião é que, não me cabe a ninguém julgar ou sequer opinar sobre a atitude certa, qual o limite a estabelecer. Cada caso é diferente do outro e há factores que não são possíveis de controlar, para se impor regras.

Toda esta problemática, tem-me devolvido algum do conflito interior outras vezes vivenciado. A sensação de quando será a melhor altura de deixar partir o corpo, quando o espírito há muito que já não o habita. Mas esta é outra conversa.

Difícil é saber quando parar

quarta-feira, junho 21, 2006

Estado da Nação

Chegámos a um ponto no nosso país onde um governo que se autodenomina de democrático recorre a a estratagemas pouco claros para reprimir e humilhar o cidadão comum e anónimo, atingindo-o naquilo que lhe é mais sagrado, a sua dignidade e honra.
Com uma frequência, infelizmente, cada vez mais elevada, o governo tenta incriminar a população pelos seus próprios erros, deixando por outro lado, imunes os próprios políticos da responsabilização dos seus actos, confiando que a maioria das pessoas deste país têm uma atitude passiva relativamente aos seus direitos e deveres sociais. É a política do "vamos ver se cola". E quando o tiro sai pela culatra, há um descarte total em assumir responsabilidades, pedir desculpas e ao invés assumem uma atitude de vitimização. Chega de arrogância, estupidez e faltas de respeito para com os portugueses.

É por estas e por outras, que acredito na necessidade de ter alguém, verdadeiramente, politicamente imparcial, garante de uma governação séria e justa, livre de qualquer fidelidade partidária ou que só em cada 5 anos, pense um pouco na população. E esta é só uma de milhares de razões para este tipo de sistema político.
Pois é... Para quem ainda desconhecia, acredito numa Monarquia Constitucional e Democrática, como melhor sistema para uma país justo, honrado e acima de tudo estável.

“…Vivam Lusos valorosos…
…Venturosos nós seremos
Em perfeita união…”
Excerto do Hino da Carta Constitucional

terça-feira, junho 20, 2006

Difícil dizer Adeus

Como sei que já passou a emoção inicial de andarmos pelos blogs dos amigos e conhecidos, a ler e reler os nossos comentários sobre a vida, sobre o mundo, sobre nós próprios, decidi, expor mais uma vez um pouco de mim, dos meus sentimentos mais profundos e verdadeiros, porque tenho a sensação que não será mais do que um monólogo interior pessoal e intransmissível...

Como é difícil esquecer os que amamos. Digo isto, porque tenho sentido uma enorme dificuldade em esquecer uma pessoa que foi, e continua a ser muito querida para mim. O mal é que quando estou com ela, não consigo distanciar-me ao ponto de distinguir onde pára a amizade pura, e começa o amor ardente. Quando não estou com ela, perco dias em memórias frustes de momentos já passados e que não voltarão mais... Se ao menos viéssemos com um interruptor de On/Off para amar!
Sentimo-nos em perfeita harmonia, quando sentimos que do outro lado, o amor é correspondido, mas no momento em que nos dizem "sinto-me horrível, mas deixei de te amar...", sentimos como se o mundo estivesse para acabar e que estas palavras ficarão para sempre gravadas no nosso coração, mente e em última instância na nossa auto-estima (leia-se orgulho). Mas mesmo neste momento acreditamos que viver é possível, que apesar de tudo resta a amizade ("...perdi um óptimo amor, ganhei um excelente amigo..."), mais forte que o amor e que resiste às intempéries sentimentais... Mas mesmo este se torna difícil nos reencontros, onde os sentimentos ilimitados de afecto, paixão e carinho, são em grande parte recalcados e mesmo eliminados, transformando-se em momentos de silêncio e sublimados sobre a forma de suspiros, porque somos incapazes e cobardes em dizer "Eu continuo a amar-te apaixonadamente, como o Sol precisa da Lua... Amo-te tanto que coloco todo o meu ser à tua disposição, eu pertenço-te, cativo que fiquei para sempre do teu olhar, do teu sorriso, da tua alma...". Mas, apesar de tudo há a necessidade de respeitar a decisão da outra pessoa, porque a nossa maior felicidade, vem quando vemos que a pessoa a quem entregámos a nossa vida se sente infinitamente feliz assim, mesmo que isso signifique a nossa distância.
É aqui que nos apercebemos, que a única solução é o afastamento total, para que num momento (in)feliz da nossa miserável e insignificante vida, as memórias possam partir para sempre e dar descanso ao sofrimento, à dor, ao choro, para que prevaleça o esquecimento, permanecendo na esperança de que um dia consigamos encontrar de novo a alegria e harmonia, um pouco mais pobres, é certo, por entregarmos bastante de nós a alguém que partiu e nunca mais voltou.

"Se viveres cem anos eu quero viver cem anos menos um dia, assim nunca terei de viver sem ti"
Winnie Pooh

Seriação

Hoje é dia de mais um exame de acesso à especialidade.
Para quem não sabe, trata-se de um exame de algumas áreas da Medicina Interna, que os recém licenciados médicos têm de fazer para ingressar numa especialidade, onde são colocados por ordem crescente de notas, afim de criar uma seriação para escolha do local/especialidade.

A seguir a este, o que se segue, já será aquele onde eu próprio, a par de vários colegas, iremos colocar os nossos "conhecimentos" ultra memorizados e nem sempre bem compreendidos, à prova...
A angústia, vem quando sentimos que a memória é extremamente limitada e cada fragmento do conhecimento recém adquirido é quase imediatamente perdido, e o tempo não vê maneiras de parar... O meu desejo é que consigamos todos atingir os objectivos a que nos propusemos!

"May the force be with you..."
Obi-Wan Kenobi

terça-feira, junho 13, 2006

Dia de Santo António

Santo António de Lisboa para uns, "casamenteiro", para outros, de Pádua, zelador de coisas perdidas.

"Não ames pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ames por admiração, pois um dia te decepcionas... Ama apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação"
Anónimo

terça-feira, junho 06, 2006

Euforia sazonal

Bola e mais bola... O país está a entrar numa euforia, isto no meio de uma tão má afamada e divulgada crise. Já não suporto ouvir falar de bola. E ainda não se começou a jogar.
Mas no fundo o que nós queremos é esquecer os maus bocados da vida, e por isso olhamos para a distracção como uma forma de ultrapassar essas mesmas dificuldades. Mas será relamente assim? Ora veja-se o caso particular de Portugal neste preciso momento. No meio do nosso fado de não conseguir alcançar o pleno de graça, vemos empresas nacionais a lidar com a probabilidade de ter prejuízo, se a selecão nacional trouxer a taça para casa. É um verdadeiro dilema... Por um lado fala-se bastante da "injecção de confiança" na economia de uma vitória desportiva, mas por outro temos o risco de falência de várias empresas se tal vier a acontecer, com a consequente dispensa de mão-de-obra e acentuar do fosso económico.
Pessoalmente não gosto de entrar nas ondas de euforia colectiva que sazonalmente se abatem sobre o país, preferindo fazer "prognósticos só no final do jogo". Cobardia, falta de confiança, cepticismo, o que lhe queiram chamar, mas gosto de sentir bem firme o terreno onde me movimento. E com o estado do país era essencial que os "líderes nacionais" aplicassem o mesmo critério aos seus/nossos investimentos.

"Santos da terra não fazem milagres"

Memórias póstumas

Gostamos e queremos acreditar que somos eternos, bem como as memórias que construímos. Mas a realidade é em muito diferente das nossas crenças. Por muito que queiramos, as memórias que criamos se não são reforçadas por uma ginástica mental constante, perdem-se com o tempo, tornando-se lembranças efémeras de um passado envolto em cerrado nevoeiro. Chegamos mesmo a assumir a arrogante postura de dizer "nunca me esquecerei de ti...", apesar de reconhecermos, praticamente de imediato a irracionalidade da nossa afirmação.

Um dia, estava eu para abandonar a cidade de Coimbra, após um ano inesquecível da minha então monótona vida, firmei um contrato com um amigo. A distância não seria impedimento para um invocar regular dos "bons velhos tempos". Nos primeiros momentos, o contacto escrito era permanente, chegava até ser reconfortante ler e reler as cartas, sobre qualquer que fosse o assunto, mesmo banalidades da vida. Mantinha-me actualizado do muito que deixei em Coimbra, o ambiente, as pessoas (sobretudo as do sexo feminino!), tudo o que me fazia sentir ligado ao lugar e às vivências em conjunto. Seriam estas cartas que se tornariam as memórias permanentes de um disco rígido orgânico/híbrido. Mas até estas se foram desvanecendo com o inevitável afastamento, arrumadas que foram numa "gaveta da qual se perde a chave". De um momento para o outro o voluntário e alegre esforço dispendido para manter um contacto, passa a um "incómodo" e uma quase obrigação, e quando nos apercebemos, qualquer motivo serve de desculpa para evitar as recordações, e os amigos passam sorrateiramente a simples conhecidos e por vezes a completos desconhecidos. A confiança que leva tanto a conquistar é perdida, mesmo que não seja uma intenção declarada.

Mais tarde, com as perdas, reparamos que não fomos o mais correctos na forma de lidar com os amigos e que por falta de empenho próprio perdemos "para sempre" aqueles com quem gostariamos de conviver e criar recordações conjuntas. À que manter o esforço e exercitar o "músculo cerebral", para não perdemos parte de nós que entregamos quando fazemos um amigo. Perder um amigo é perder parte de nós próprios, ficamos mais pobres, menos completos.

"Fazer um amigo é um dom, conservar um amigo é uma virtude"